domingo, 3 de agosto de 2008

Jogos do Poder


Graças à locadora “SuperVideo” de Ipanema, tive o prazer divino, esta semana, de assistir Jogos do Poder (Charlie Wilson’s War no original). O filme se baseia numa historia verídica sobre um parlamentar (Charlie Wilson) dos EUA que, com o apoio do governo, arma os afegãos durante a guerra do Afeganistão com a Rússia, na década de 80. Uma vez digerida e adaptada para a grande tela pelas mãos capazes do roteirista Aaron Sorkin, a historia vira um ensaio clássico do cinema contemporâneo. O filme é repleto de política internacional, ao mesmo tempo mantendo um tom sarcástico e humorístico, através do personagem Gust Avrakotos, interpretado por Philip Seymour Hoffman.
Hoffman, que atualmente é considerado entre os maiores nomes de Hollywood, comanda o elenco apesar de ser um mero coadjuvante. O filme conta também com a presença de Tom Hanks (Charlie Wilson) e Julia Roberts. Ambos em representações, infelizmente, esquecíveis. Mas o apelo maior do filme não se resume aos atores. A intriga do roteiro é justamente o desvendar dos bastidores de uma guerra, de inicio ao fim.
Fora a atuação aplaudível de Hoffman, e o roteiro do celebre Sorkin, o filme conta com mais um aspecto mirabolante: a direção. Com pinceladas de mestre, o diretor, Mike Nichols, mistura cortes rápidos com seqüências demoradas para instigar ansiedade e emoção no espectador. Bem no estilo de Nichols, o filme cavalga num passo consistentemente sinuoso e elegante, deixando qualquer um atento ao desenvolvimento.
Jogos de poder, pode ser considerado uma mistura entre Ishtar e Syriana. Em apenas 92 minutos de duração, o longa-metragem “nem-tão-longo” não deixa de ser uma noite de cinema completa.

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