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domingo, 21 de setembro de 2008

Coçando e Esfregando


Torna se cada vez mais difícil me manifestar neste espaço. Parece que em luz de minhas palavras, nossos governantes decidiram inundar (até mais) o cenário de corrupção. Tática astuta. Assim quando sento a escrever tenho tanto a falar que raramente digo algo. Entro em estado de apoplexia, e resmungo incoerências enquanto tento desesperadamente evitar os noticiários.


Não pretendia fazer listas como as de Carlos Heitor Cony, apesar de estima-las entre os mais belos trabalhos da prosa. Também não podia, por falta de competência e abundancia de respeito , gerar metáforas entre minha vida e as ocorrências, como João Ubaldo Ribeiro.

Apos ler os jornais, com depressão em alta, estava a ponto de trancar a maquina de escrever e o computador numa gaveta e perder a chave. Foi então que sentado no meu escritório tive uma idéia pra acolá de maluca. Decidi procurar a felicidade no único lugar que ainda confio: O dicionário.

“Próspero, afortunado, bem sucedido...” Não pode ser. Então, oitenta por cento do Brasil é infeliz. Pior, eu sou infeliz. Não podia ser. Fui ao mundo digital tentar encontrar outra definição. Cada lugar uma versão. Nenhuma satisfatória. Através de minha pesquisa encontrei que a palavra Felicidade está entre as mais enigmáticas de todos os tempos. Não existe definição que agrade a todos. Filósofos, sociólogos, psicólogos todos tentam abordar a questão, eventualmente sendo derrubados pelo infinito trabalho de defini-la. Afinal, tem até aqueles para qual a felicidade é a desgraça. E vice-versa.

Parece que os livros de auto ajuda, apesar de deploráveis em tantos aspectos, estavam certos sobre este ponto. Cada um tem que definir a própria felicidade. Por mim, continuarei tentando consegui-la a cada semana, enquanto denuncio com firmeza aqueles que atentam contra a nossa. E apesar de não saber responder o que é propriamente dita a Felicidade, podem contar comigo para atacar uma das poucas coisas que temos em comum como cidadãos: a infelicidade.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Faltando pouco para as eleições municipais, novamente tudo vale. Enquanto metade dos eleitores respondeu à Datafolha, durante Pesquisa Espontânea, que votaria nulo, percentagem semelhante dos candidatos ou é analfabeto, ou têm vidas pregressas "duvidáveis". Risível? Talvez. É só abrir o jornal para encontrar as falcatruas que se infiltram em todos os partidos. Compra de votos, currais eleitorais, propaganda irregular... nada mais normal. Na realidade, a única coisa que me espantou foi a voracidade com que o outro lado da moeda tem se mostrado. E-mails denunciantes, listas de fichas sujas, protestos, e cidadãos indignados. Parece guerra!

O povo armado com suas palavras de difamação tenta se proteger dos alto-falantes ambulantes, panfleteiros, e o tão temido horário eleitoral. Basta! A cidade maravilhosa cada vez mais se reduz a uma mera metáfora de si mesma? Por isso, estou disposto, como cidadão da paz, a propor uma trégua.

Srs. E Sras. Candidatos, nós, civis, estamos dispostos a parar de mandar e-mails xingando os senhores e suas linhagem, se os Senhores prometerem nunca mais nos acordar com esses alto-falantes às 8 da manha. Alguns de nós desfrutamos até tarde a liberdade total que somente a época pré-eleitoral proporciona, e, portanto não temos a capacidade de tolerar seus funks, jingles e bordões. Se estivermos de acordo neste ponto, sugiro então que abandonem, também, a idéia dos panfleteiros que nos atacam nas esquinas do centro.Em troca podemos oferecê-los menos hostilidade durante suas caminhadas pela orla.

Deixei por ultimo o maior pedido. Já que menos de 5 % dos eleitores tem qualquer conhecimento sobre as posições ideológicas e propostas dos senhores, vamos parar com esta palhaçada de horário eleitoral? Nós queremos nosso JN, nossa novela, nosso futebol! Em troca estamos dispostos a ceder aos senhores por total a persecução contra corruptos, ativos ou passivos.

E aí, topam?

 
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